Se está a pensar em engravidar é importante que se informe junto do seu médico acerca de todas as questões relativas a uma gravidez e à conceção de uma criança com probabilidade de vir a desenvolver hemofilia. Antes de engravidar deve informar-se sobre:
- qual a probabilidade de transmissão da doença para a criança. Uma mulher portadora de hemofilia tem 50% de probabilidade de transmitir a doença para o filho.
- as consequências para a criança, seja do sexo feminino ou masculino, de ter a doença.
- quais os tratamentos para a hemofilia e quais os custos associados.
- como deve planear a gravidez e o parto, de maneira a diminuir os riscos para a criança e para si.
- quais os recursos disponíveis para a conceção e o diagnóstico pré-natal.
Em alguns casos, há famílias que adotam uma criança ou optam por outros métodos de conceção, nomeadamente:
- Fertilização in vitro com diagnóstico pré-implantação: os óvulos da mulher são fertilizados em laboratório com o esperma do parceiro da mesma e, numa fase inicial do desenvolvimento, os embriões são analisados, sendo que, apenas os que não possuírem o gene da hemofilia são implantados no útero da mulher.
- Fertilização in vitro com óvulos doados por uma mulher fértil não portadora da hemofilia, garantindo que a doença não se irá desenvolver.
- Seleção de esperma: é usado o esperma que contém apenas um cromossoma X, assegurando o nascimento de uma criança do sexo feminino, que poderá ser portadora ou não do gene da hemofilia.
No entanto, as técnicas descritas anteriormente são dispendiosas e não se realizam em todos os países. Caso pretenda engravidar, ou saiba que está grávida, consulte de imediato um obstetra e informe-se acerca de todo o procedimento.
Referências bibliográficas